Eu estava reunindo alguma paz de espírito e coragem para falar sobre a tragédia do Haiti no blog. Parece que o sofrimento lá nunca acaba, vem mais e mais, sem parar. Eu fico pensando na razão disso, se a causa de tudo é só um monte de arranjos históricos e econômicos com um choque de placas tectônicas no meio ou se é algum tipo de provação para os haitianos, porque, se for, acho que eles já cumpriram essa prova.
Aí eu penso em todos os homens, mulheres, crianças e soldados, brasileiros ou não, que morreram. Vítimas inocentes de uma tragédia sem motivo. Em especial, Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral da Criança (uma instituição de apoio à crianças carentes e suas famílias, que atua não só no Brasil, mas em vários países da África e Ásia). Dona Zilda trabalhava na Pastoral desde 1983 e concerteza salvou muitas vidas pelo Brasil a fora. Ela morreu perto da miséria e do sofrimento, constantes no seu trabalho na Pastoral, tentando ajudar o povo do Haiti a superar a pobreza.
Hoje, eu deixo minha homenagem a todos os mortos que esse desastre deixou e a esperança de que, algum dia, ainda nos lembraremos do dia 12 de janeiro de 2010 como um renascimento, não como uma tragédia para o povo haitiano
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